Desafios da pesquisa sobre o ecossistema multiplataforma de desinformação e radicalização no Brasil
Leonardo F. Nascimento
02/04/2024

LABORATÓRIO DE HUMANIDADES DIGITAIS DA UFBA


  • Sobre mim:

    • Professor da UFBA e coordenador do LABHDUFBA

    • Químico, Psicólogo, Doutor em Sociologia, Cientista Social Computacional

    • R, Python, Bash, ElasticSearch/Kibana, Docker

  • Contatos pessoais:

  • Contatos do LABHDUFBA:

O LABHDUFBA investiga, desde 2020, grupos e canais do Telegram…


  • Em parceria com PPGAS/UFSC (Prof. Letícia Cesarino) e apoio do InternetLab

  • + de 50 milhões de mensagens

  • + 2.8 milhões de imagens e + de 700 mil vídeos

  • + de 500 mil links do Youtube

  • + 20 Terabytes de dados

Aliança entre raciocínio computacional com a compreensão interpretativa das ciências sociais



  • Ciência de dados com ciências sociais

  • Rastreabilidade total dos conteúdos

  • Detecção de “talkatives” e porta-vozes

  • Fine-tunning de modelos de NLP: NER, BERTopic e detecção de racismo

  • Telegram enquanto espaço de experimentações

Ecossistema multiplataforma de desinformação e radicalização




A utilização sistemática e estratégica de ferramentas, tecnologias e serviços que permitem a criação e disseminação de desinformação e incitação à radicalização política em diferentes plataformas, como redes sociais, sites de notícias e aplicativos de mensagens.

QUAIS SÃO OS DESAFIOS?



  • Acesso aos dados

  • Complexidade metodológica

  • Espaço de debates

  • Fomento à pesquisa

ACESSO AOS DADOS


  • Política de acesso aos dados digitais de todas as plataformas

  • “Sem API não há solução!”

  • Plataforma pública e auditável de armazenamento

  • Pensar os dados digitais enquanto memória social

COMPLEXIDADE METODOLÓGICA


  • Dados digitais contituem um “objeto epistêmico complexo” Aradau & Blanke, 2015

  • Estratégia penelopeana de desinformação e radicalização

  • Coleta de dados em tempo real: a vigilância-como-método

  • Necessidade de atualização do Sistema CEP/Conep diante das pesquisas com dados digitais

  • Esboçar, de modo inequívoco, a relação dos dados coletados de plataformas digitais com a LGPD

ESPAÇO DE DEBATES


  • As pesquisas brasileiras sobre desinformação tem produzido insights relevantes

  • Necessidade de uma agenda regular sobre desinformação

  • Tentar diminuir as disputas do campo acadêmico

  • Não existe uma autoridade única sobre desinformação no Brasil: “tweets” e “textos de opinião” não devem ser comparados com a produção científica

FOMENTO


  • Divisão igualitária de recursos com a região norte-nordeste

  • Estrutura pública de servidores (VMs) e armazenamento (S3) ou “cotas em nuvens”

  • Ampliação dos valores e das modalidades de bolsas de pesquisa

  • Financiamento de novas graduações e pós-graduações em Humanidades Digitais e/ou modalidades híbridas



Obrigado!